A Doce Revolução da Graça

terça-feira, 17 de maio de 2011

O que é essa doce revolução da graça senão a tentativa apaixonada de derrubar os muros da burocracia religiosa que impedem o caminhar do indivíduo até Jesus?


Não é uma tentativa, como muitos pensam, de conquistar a liberdade para se viver o oposto; antes legalismo, agora libertinagem. A propaganda que se divulga é muita parecida com aquela que a ditadura montava para mostrar as pessoas contrárias ao sistema como subversivas e que tudo andava sob controle. Nos porões, era tudo só aparência.

A verdade é que a ferrugem vive corroendo a teologia que vai se reformando para se ajustar aos conhecimentos. Quando se substitui uma teologia por outra, trocam-se seis por meia dúzia. Jesus não é invocado ou atraído através de conceitos teológicos bacanas, ou argumentos, ou mantras.

Quanto mais o homem se despe de suas pretensões religiosas, de suas formulações sistemáticas, mas ele se aproxima de Deus. O que aproxima o homem de Deus é a sua natureza edênica e não sua blindagem de santidade. Jesus quer conhecê-lo para curá-lo, não se esconda.

Caminhar pela graça é atirar-se definitivamente nos braços de Jesus. É apaixonar-se pela mensagem da cruz.

A "igreja" está montando um cenário tão triste para a fé, que vai chegar um dia em que ela, depois de blindar o homem para a graça, vai também blindar a sociedade para o evangelho. Os tele-evangelistas já saíram na frente.

Como algo é Boa Nova, se ao invés de tirar o fardo que pesa sob os ombros dos homens, ele acrescenta outros mais pesados ainda?

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11: 28,29,30)

Eis o caminhar da graça.

Todavia, existem sim, aqueles que só viviam na religião para dar satisfação aos outros ou para ter alguma desculpa para Deus. E que sai com a justificativa da liberdade da graça para dar vazão a seu ego, e não vivem nem ao menos a alegria de construir-se em comunidade, de partir o pão, de partilhar suas lindas descobertas graciosas com seus irmãos. Ainda assim, devem ser aceitos sem expectativas, porque deles cuida Deus. Nós os amemos também, sem cobranças, que não seja senão que amem como nós amamos uns dos outros. Por esta virtude sejamos conhecidos, que amamos uns aos outros, sem expectativas.

Haverão muitos que, quando ouvirem falar da nossa liberdade, vão querer experimentar; uns para descobrirem-se como discípulos, outros para viverem na mediocridade.

É que a graça não aceita enrolações, nem barganhas, nem negociatas, nem justificativas como a religião o faz. Na graça, ou se é isso, ou se é aquilo. Deus não aceita o morno. De graça recebestes, de graça daí. A graça exige graça, senão não é graça. O amor recebido exige que o mesmo amor seja dado, senão não é amor.

Se não sente essas realidades, peça-as a Deus. Não pense antes em pedir um carro, uma namorada, um emprego. Peça amor para dar amor, graça para dar graça. E orem uns pelos outros.

E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mateus 6:27-33)




 

1 comentários:

Conexão da Graça disse...

Adriana, a frase "Haverão muitos que, quando ouvirem falar da nossa liberdade, vão querer experimentar; uns para descobrirem-se como discípulos, outros para viverem na mediocridade", tem sido uma constante na estação aqui em V.P.

Muitos coriosos já vieram, mas pela ausência de coisas espetaculares e da sofisticação da religião super produzida, só uns poucos ficaram por conta da simplicidade e despretensão total nossa.

Brinco dizendo que fazemos coro com Isaías, "Nenhuma beleza víamos neles para que o desejássemos".

Um ABRAÇÃO querida,

Franklin

 

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