Individuo e o coletivo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Galera querida,

Antes, nos considerávamos afirmados por causa da participação no coletivo. O coletivo era aquilo que nos afirmava e a nossa angústia consistia na possibilidade de não pertencer a ele. Vocês sabem, o grupo exigia muita (ou toda) renúncia individual, no entanto uma renúncia que em nada se parecia com a tal negação do si mesmo tão necessária para a afirmação do ser.

Eram mutilações que começavam pela supressão da liberdade. Enfim, era preciso deixar de ser em função do coletivo.

Assim a gente seguia pensando que era, enquanto ficava cada vez mais longe de ser! Vocês conheceram tudo mais de perto e por mais tempo do que eu. Eu sou apenas um menino falando isso aqui.

Acontece que saímos desse modelo onde ser era apenas fazer parte.

Se nos mostrou um outro Caminho...individual antes de tudo, onde ainda renuncio, mas agora para ser eu. E o coletivo surge depois, é consequência. Como era há dois mil anos, no início de tudo.

Bom, isso ai está mais claro para mim do que o sol do meio-dia aqui em Fortaleza.

No Caminho, quem nos afirma é Ele mesmo, Cristo. O que somos nEle, isso é o que somos!

A minha caminhada é uma eterna descoberta das implicações disso. Uma tomada de consciência constante das antigas tentativas de ser e uma libertação com relação a elas na medida em que são percebidas.

Tentativas de auto-afirmação fora da Graça! Inúteis, prejudiciais, justiças-próprias, esforços para ser. E como disse um sábio: "...para ser não é preciso esforço e sim coragem. Coragem para aceitar que é aceito."

Só comecei isso aqui para dizer que ainda vejo muito em nós um vestígio do velho esforço para ser, que é tentativa de auto-afirmação em detrimento do outro! A frase é grande, mas é isso mesmo: velho esforço para ser que é tentativa de auto-afirmação em detrimento do outro.

Estratégia do inferno pois se vale da vida do outro, atribui-lhe culpa e o esvazia de significado. E assim ele fica morto, condenado e vazio. E nós apologeticamente afirmados!

A afirmação de si, não passa pela negação do outro. Quando a situação impôs isso a Jesus, quando Ele para dizer que não era culpado precisaria condenar os que Lhe acusavam, então Ele baixou a cabeça e ficou mudo.

Só digo isso a vocês porque digo a mim mesmo.

bjo em todos

hugo
27/11/09

4 comentários:

Conexão da Graça disse...

Ótima reflexão do Hugo Adriana.

No caminho, precisamos ter precaução para não fazer do formato um fim em si mesmo para justificação e pacificação de si próprio, e torná-lo duas vezes mais produto do inferno religioso pela auto-afirmação em detrimento de outras expressões.

Um ABRAÇÃO mana,

Franklin

Conexão da Graça disse...

Ótima reflexão do Hugo Adriana.

No caminho, precisamos ter precaução para não fazer do formato um fim em si mesmo para justificação e pacificação de si próprio, e torná-lo duas vezes mais produto do inferno religioso pela auto-afirmação em detrimento de outras expressões.

Um ABRAÇÃO mana,

Franklin

Hugo Lucena Theophilo disse...

Quem mandou?

Adriana disse...

hihihi perdeu mano

 

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