Isto não é igreja

domingo, 20 de março de 2011

Quando você ouve a palavra ‘Igreja’, no que pensa? Qual a primeira imagem formada em sua mente?
Gente reunida, assentada em seus bancos. Crianças afoitas para seguirem para suas salinhas de estudo infantis. Músicos com seus instrumentos a postos e os pastores assentados na tribuna?
Sim, esta é uma provável visão que pode ocorrer na mente de um ou outro.

Mas tem gente que pensa em sala de estar, vizinhos à vontade ouvindo a Palavra, apenas um violãozinho solitário ao invés da banda inteira e no lugar da tribuna pastoral, um sofá, um banquinho, ou uma cadeira.
Essa também é uma provável visão que aparece na mente de um ou outro.

Porém, existe ainda também a visão de um casebre no meio do mato, com rostos humildes, queimados pelo sol da campina, letreiro pintado à mão, onde o violão é, provavelmente substituído pelo acordeom, ou mesmo uma pandeirola.
É possível, é possível...

Pedro, Tiago e João, antes enxergavam o grande templo construído por Salomão em Jerusalém, mas agora o teto que está sobre suas cabeças é muito mais alto, negro e constituído com inúmeras estrelas, com cheiro de mar. Junto ao som das ondas eles ouvem a voz de Jesus, que é mais atrativa que qualquer símbolo sonoro.
Isso pra eles era também igreja.

Na verdade nenhuma destas versões manifesta a Igreja definitivamente. Ela é imortal, atemporal e, portanto, mesmo não sendo urbana, primitiva, caseira ou ainda uma choupana no campo, ela não é deste mundo. Mas ao mesmo tempo, cada uma dessas ‘figuras eclesiásticas’ pode refletir a imagem dessa Igreja.

Foi por essa Igreja tão diferente e tão igual ao longo dos séculos, que Jesus morreu. Esse mesmo Jesus é o Dono dessa Igreja e precisa ser seu líder máximo ainda hoje, por causa desse sacrifício.

Hoje temos visto uma Igreja que sente prazer em se subdividir. Rótulos nos definem como; tradicionais, históricos, pentecostais, neopentecostais, nos lares, ‘desigrejados’...
Outros rótulos nos fracionam mais ainda como: dicotomistas, tricotomistas, aspersionistas, imersionistas...

Quando Jesus olha pra essa Igreja, Ele não pode fracioná-la, pois morreu por uma única Igreja/Noiva e em Sua volta a buscará, una e santa.
Porque será que o Mestre nos vê juntos e nós nos enxergamos separados pelas nomenclaturas humanas?
“Portanto, o que Deus uniu, não o separe o homem.” (Mateus 19: 6)

Medite,
 
Wendel
 
 
Wendel Bernardes, virtuoso nas palavras e cheio do Espirito Santo, digo sem medo de errar.
Vale a clicada
 
 

5 comentários:

René disse...

Dri,

Acabei de ler este texto lá no Wendel.

É uma mensagem fantástica, muito verdadeira! Ele tem sido muito usado pelo Espírito Santo, em seus textos.

Vou colar aqui o comentário que deixei lá:

"Wendel,

É muito interessante: ontem, quando nos reunimos ao Nome de Jesus, conversamos um bocado sobre Romanos 14, onde Paulo já começa dizendo para acolhermos os 'débeis na fé'. Diante deste retrato que você pintou, fica bastante claro que Jesus deve olhar para nós todos, enquanto não nos unimos em amor, como débeis na fé!! Sabe aquela frase que Ele costumava usar: "Homens de pequena fé!"? Pois é... é por aí!!!

Essa debilidade se expressa no fato de não vivermos a liberdade para a qual Cristo nos libertou. Liberdade, esta, que nos dá o direito, até mesmo, de vivermos aprisionados a esses guetos, desde que nossa vida seja vivida para o Senhor.

Essas separações são o 'escandalizar aos irmãos', na medida em que julgamos ou desprezamos aos outros. Este é o verdadeiro escândalo, merecedor de um 'ai de vós' do Senhor.

Meditar nisso? Sim!!! Muito!!! E, sob orientação do Espírito de Cristo, viver a Sua liberdade, adorando em espírito e em verdade, sem as algemas religiosas que impõem julgamentos pelas aparências, quanto às atitudes de cada um. Porque as outras pessoas não são nossas servas, mas servas do Senhor. E é para o Senhor que estão em pé ou caem. Mas o Senhor é poderoso para nos suster!!!

Quando você terminar seu livro, vou querer um autografado, valeu?"

Forte abraço, Dri, e continue na Paz!

Eder Barbosa de Melo disse...

Não me surpreendo mais com o poder de segregação da religião, como canta divinamente o João Alexandre, "Deus não habita mais em templos feitos por mãos de homens, Deus não será jamais aprisionado as paredes de uma religião... enclausurado na escuridão de quem ainda tem um coração de pedra".

Em tempo, perdão pela ausencia, é que ando bastante ocupado, agora com 2 empregos, estou me adaptando a uma nova rotina, até o meu blog anda meio decadente kkkk Abração!

Anônimo disse...

Karakas! Dri este seu blog tá demais, só tem pérolas aqui. Wendel, maravilha mano, é isso, tá na cara, todos vemos, mas desenhar assim, fazer um documentário mental, só vi aqui. Valeu. Paz e bem.

Wendel Bernardes disse...

Oi Cláudio e René...
sei que é algo que fica explícito aos que estão tocados pleas dores do espírito, mas temos que lembrar, e lembrar tantas vezes quantoas foram necessárias para não tropeçar, ou fazer tropeçar alguém com nossas ideias!

Drí, valeu pelo 'jabá' (como diria um certo pastorzin mezzo carioca-mezzo paulistano).

Sei que repostou o texto pois ele falou ao teu coração e isso é o que nos importa, sermos tocados pelo Mestre!

Beijos a todos!

Bella Dourado disse...

Querida parabéns pela abordagem, já foi tão bem comentada que só me resta usar uma citação que esta em Mateus 18.20 "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles"

Grande beijo e vamos lá em frente, e a próposito tenho de cuidar do meu jardim real, rs,rs bjs

 

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