Tô fora!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Não me chame!



Não me chame para ajuntamentos solenes com liturgia religiosa fria e calculada, nos quais até crianças, sobre quem Jesus afirmou "...não as impeçam..." são repreendidas e conduzidas a perderem a simples espontaneidade de ser que lhes é natural, onde quase não se pode sorrir, onde os semblantes são pesados, onde se cultua a forma e a exterioridade.

Não me chame para ambientes religiosos onde se cultua o livro-Bíblia, o papel, a prensa de Guttemberg e não se atenta para A Palavra. Para reverenciar livros o melhor lugar é alguma biblioteca. Essencial é buscar entender o que está dito no Evangelho, não o que está escrito na letra fria, é viver no espírito da Boa Nova que SOMENTE traz Paz.


Não me chame para ambientes cheios de religião com pessoas que sofrem de um surto de povo eleito e entendem-se, no seu autoengano, como reserva moral da sociedade, com a pretensão de serem aquelas por Deus designadas para classificar gente, chamando alguns de salvos e outros de não-salvos, ou apontando quem tem mais luz ou menos luz [..como se isso fosse algo possível de ser feito, uma vez que somente Deus tem essa capacidade e essa competência!].


Não me chame para companhia de religiosos que fazem distinção entre pessoa e pessoa, e excluem gente que Jesus ama e inclui, e com eles bebe e come à mesma mesa.

Não me chame para ambientes em que se valoriza o "pedigree" religioso, em que mede-se a qualidade [risos!] de um discípulo pela quantidade de gerações em que sua família está na denominação. Geralmente [eu disse "geralmente".. ], um filho de um "crente" de 4ª geração pode tornar-se [Deus o livre disso!] um cretino de 4ª categoria. Formou-se cedo na escola de fariseus e é um dos piores dentre os tipos de religiosos. É cheio de justiça própria.

Não me chame para comunidades religiosas vinculadas à mega denominações que garantem ser proprietárias da pessoa de Jesus, mas fazem, por terem proeminência na sociedade, apenas um uso mais educado e polido da grife *JESUS*.


Não me chame para lugares com agenda religiosa. O encontro dos que celebram a fé acontece da forma mais espontânea possível. Deus não nos coage a NADA. A única resposta que temos que dar a Ele é a obediência, para o bem de nosso próprio ser, movida, tão somente, por gratidão pelo Amor com que Ele nos ama eternamente. Se congregamos é porque faz bem a companhia de outros que tem o mesmo Espírito e se alegram na mesma fé na presença do mesmo Pai. Ponto.

Não me chame para o mero exercício intelectual sobre o conteúdo da Escritura, também não me chame para aprender teologias, pois Deus não cabe em NENHUMA delas, para raciocinar com base em silogismos, nem sobre a teologia do "...se isso..., segue-se, então, aquilo...". É suficiente ler o Evangelho e observar de todo coração e raciocínio o ensino de Jesus e o modo como Ele age, posto que Ele próprio é A Palavra.

Não me chame para alguma denominação religiosa que legaliza [..com base na constituição que lhe regulamenta!] o ódio consumado entre duas pessoas que não dirimem seus litígios através da única via ORDENADA pelo MESTRE para trazer a paz, a saber, o AMOR, modo de aferição muito simples para se distinguir uma comunidade de discípulos verdadeiros.

Carla Cristina Luna Accioly

perolas como esta você encontra aqui

8 comentários:

Regina Farias disse...

Também não me chame...

Sensatez disse...

paz,
não vou,nem convido...mas deixo aos que de fato querem servir as palavras do Mestre:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Mateus 11:28

Vamos ao endereço certo!!

Rô Moreira disse...

Também não me chame (2)
Paz Drica!

Anônimo disse...

Também estou fora! Deus me livre! Graça e discernimento. Bjão

Eder Barbosa de Melo disse...

Oi Drica, mesmo sumida você tem mantido um excelente nível de qualidade no blog. Eu também estou fora, aliás se pudesse, eu soltaria uma bomba nesses lugares rsrsrsrs Brincadeira! Beijos e ótima semana pra ti.

René disse...

Dri,

Isto é realmente uma pérola!!!

É tipo assim: "Não me chame para longe do amor de Jesus!".

Vou entrar na fila: Tô fooraaa!!!

Bj e muita Paz!

João Carlos disse...

Também me incluo fora dessa...

Eduardo Medeiros disse...

drica, adorei o texto!!! mas como eu sou um pertubador da ordem, quero somente fazer uma crítica. construtiva.

a autora depois de dizer para não chamá-la para discutir teologia, ela afirma como verdade para ela uma declaração teológica:

"É suficiente ler o Evangelho e observar de todo coração e raciocínio o ensino de Jesus e o modo como Ele age, posto que Ele próprio é A Palavra."

bem, volto a falar que isso não é uma crítica, o texto é excepcional. mas quando estamos falando de fé e metafísica, declarações teológicas são invevitáveis mesmo não querendo discuti-las como tal.

eu, que realmente não sigo nenhuma teologia(apesar de discutí-las às vezes) me reservo de diante do Mistério não dizer nada. dizer alguma coisa já é desvirtuá-lo.

por isso, sempre procuro ler os evangelhos existencialmente e nunca doutrinariamente,pois a fé é dinâmica e se reinventa a cada geração.

beijos
beijos

 

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