Ansiedade, religião e Deus

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

imagens de deuses pagãos


Os pesquisadores mediram as ondas cerebrais em uma situação específica - a reação das pessoas ao saber que cometeram erros em um teste. Aqueles que foram preparados com pensamentos religiosos tiveram uma resposta menos proeminente do que aqueles que os que não receberam.

"Cerca de 85% da humanidade têm algum tipo de crença religiosa", afirma Michael Inzlicht, que conduziu o estudo ao lado de Alexa Tullett. Ambos são da Universidade de Toronto Scarborough.

Os pesquisadores mostraram que, quando as pessoas pensam em religião e em Deus, o cérebro delas responde de uma forma diferente - elas reagem com menos sofrimento e ansiedade após cometerem erros.

Antes de passar por um teste de computador com alto índice de erros, parte dos participantes tinha escrito sobre religião, ou completado um jogo de palavras-cruzadas com termos relacionados a Deus. Os exames mostraram que a atividade cerebral desses voluntários era reduzida no córtex cingulado anterior, área associada à excitação e que gera um alerta quando as coisas dão errado.

Ateus

O curioso é que ateus reagiram de forma diferente: quando eram estimulados a pensar em assuntos relacionados a Deus, a atividade do córtex cingulado anterior deles aumentava. Os pesquisadores sugerem que, para pessoas religiosas, pensar em Deus pode fornecer uma maneira de ordenar o mundo e explicar eventos aparentemente aleatórios, o que reduz a angústia. Em contrapartida, para os ateus, os pensamentos sobre Deus podem contradizer o sistema de significados abraçado por eles e, assim, causar-lhes ainda mais sofrimento.

"Pensar em religião traz calma quando se está em um incêndio e torna as pessoas menos angustiadas ao cometerem um erro", diz Inzlicht. Segundo ele, há evidência de que pessoas religiosas vivem mais tempo e tendem a ser mais felize e saudáveis, mas ainda faltam conclusões mais precisas. (opa, ainda bem...)

Os ateus, no entanto, não devem se desesperar. Os pesquisadores acreditam que a redução do sofrimento pode ocorrer não apenas quando se pensa na religão, mas quando se fornece qualquer tipo de estrutura para compreender o mundo. Portanto, os ateus poderiam ter se saído melhor no estudo se tivessem sido estimulados a pensar em suas próprias crenças antes de fazer o teste (viu, ainda há salvação para o pequeno ateu sofrido)

Estudo publicado na revista ''Psychological Science'' mostra que pensar em Deus reduz o estresse que as pessoas vivenciam ao cometer erros. As informações são do ''EurekAlert!''.

7 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

Drica, esses estudos relacionados com a crença religiosa se multiplicam e cada vez mais os cientistas vão se voltar para dentro da psiqué humana de onde provêm em última análise, a espiritualidade.

O reinado do materialismo científico já morreu desde a descoberta da física quântica mas só que ninguém ainda sabe disso...

E sem dúvida, a fé religiosa é capaz de ordenadar o mundo e enchê-lo de significados. Evidente que outros olhares não pessimistas da realidade também são capazes de provocar o mesmo benefício.

Mas para quem acha que a vida é produto do puro acaso e que a vida por isso não tem nenhum sentido, está perdendo muito o melhor da vida: Sua magia.

Rô Moreira disse...

Pois é, o que os Ateus se esforçam para compreender o mundo não é brincadeira, srrs mas o esforço maior é eles acreditarem no que eles querem acreditar, srsrs. xiiiiii deixa eu parar e procurar um esconderijo ante aéreo srsr pois la vem pedradas. Mas ainda tem soluções para eles, ainda tem jeito, ao fornecerem qualquer tipo de estrutura para compreender o mundo, eles podem se sair bem. Paz!

Unknown disse...

Paz,

Muito interessante.
Este fato comprova claramente a sede espiritual inerente à natureza humana.

Sede esta que só pode ser saciada pelo Verbo encarnado.

Muito legal o post!

Abraços,
Vinicius Morais
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João Carlos disse...

Já para alguns religiosos...

Errar é o fim do mundo, principalmente para aqueles que se auto-justificam em sua prática farisaica...

O T&T só falta infartar!

Anônimo disse...

Este estudo me parece óbvio. Seria como um órfão e um filho de pai presente.

Marcos Vinicius Gomes disse...

Olá!

Interessante pesquisa, e mostra bem a realidade. O fato de uma pessoa ser muito religiosa faz com que haja uma moral meio relaxada sobre determinados assuntos (desde que não sejam dogmas sobre sexo, aborto, etc). Por exemplo, é comum entre pessoas super religiosas a relativização de injustiças históricas - já vi muitos evangélicos saírem pela tangente quando o assunto era racismo, escravidão (sempre vem aquele 'Ah, mas para Deus somos iguais, isso que importa!"). O mesmo ocorre com relação às injustiças sociais: 'Vai ter com a formiga ó preguiçoso...' - que já é um lugar comum entre cristãos.
Quanto aos ateus, parece que a pesquisa foi feita com o papa ateísta pop do momento, o Dawkins...

Amana Raab disse...

Muito interessante... Interessante mesmo... Processando informações... risos.

Bju, Dri! ;)

 

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