Estou fora, para ficar dentro.

segunda-feira, 1 de março de 2010

*APRESENTO-LHES O REVERENDO GADARENO!*

Ultimamente muita gente vem me perguntando quais são meus planos; ou, o
que eu espero que eles façam.

Na realidade, parece que muita gente começou a entender que aquilo a que
se vinha chamando de evangelho, não era, de fato, o Evangelho; e,
também, é provável que vários estejam vendo que a proposta da religião
evangélica, em geral, é ainda uma mensagem moral e legal; e que reduz o
significado e o alcance da salvação já realizada em Jesus, a um encontro
de contas com Deus; sendo que tal encontro de contas depende da justiça
própria de cada um; o que, em si, é negação da mensagem do Evangelho e
da Consumação legal e moral de todas as coisas na Cruz; onde o escrito
de dívidas que havia contra nós e que constava de ordenanças legais,
morais, rituais e cerimoniais, foi completamente abolido, pois foi
encravado na Cruz.

Eu creio e vejo que muitos já discerniram que estavam traindo o espírito
do Evangelho, sabotando consciente ou inconscientemente o Reino de Deus,
falsificando Jesus para a História, e blasfemando contra Deus por
anunciarem-no tão do tamanho das divindades criadas pelo homem.

Também encontro os muitos e muitos que estão provando na alma e no
espírito, e com reflexos em toda a vida, a Graça como fato, fator e
significado de suas existências, o que lhes tem proporcionado a
libertação de muitos medos, fobias, neuroses, paranóias, compulsões,
taras, invejas, amarguras, espírito faccioso e egoísmos.

Sim, tem muita gente tomando consciência de que viver na Graça não é uma
opção, mas sim a salvação. E também de que tudo o mais que pretenda ser
acréscimo a isso, é negação da Cruz, e é como estar crucificando a Jesus
uma segunda vez.

Os inimigos desta mensagem estão se calando. Sim, estão se calando
porque, à semelhança dos fariseus, saduceus, escribas e autoridades do
templo, eles vão conforme a música do povo. E como vêem que o povo está
abrindo os olhos, eles mesmos precisam, no mínimo, pensar o que farão.

Que grande milagre seria a sua conversão!

Mas, então, as pessoas me perguntam o que devem fazer. Se devem tentar
salvar a instituição religiosa. Se ficam nela para testemunhar. Se a
enfrentam ou se a ignoram. Se se deve começar um movimento como uma
Reforma do Novo Milênio. Ou se apenas ficam crescendo na Graça de Deus
pessoal e existencialmente, deixando o resto 'pra lá'.

O que eu digo? Devo dizer alguma coisa? Tenho eu essa missão?

Na realidade, eu não sei e sei também. Não sei, porque creio na
soberania de Deus. E sei, porque estou vendo algo acontecer.

Assim, não tenho preocupações, mas apenas sigo meu caminho com Deus,
falando para quem desejar aquilo que em fé move minha existência.

Na realidade eu creio que todas as questões acima devem ser objeto de
uma verificação no modo como Jesus as tratou, já que também estavam
presentes nos Seus dias.

E o que vemos no Evangelho a esse respeito?

Ora, vemos Jesus visitando a sinagoga enquanto era possível, pregando e
curando no templo enquanto suportaram-no, atendendo e encontrando
fariseus e membros do Sinédrio quando solicitavam, jantando na casa de
fariseus quando convidado—embora jamais tenha deixado de ensinar com
pertinência em todas essas ocasiões—, e mandando leprosos curados darem
'testemunho de gratidão' aos sacerdotes.

No entanto, esse não era o seu caminho sobremodo excelente. O qual, para
Ele, era estar com as pessoas simples, com pecadores e publicanos,
curando-os em suas necessidades e ensinando-os conforme o entendimento
de cada grupo.

O caminho de Jesus a maior parte do tempo foi ao ar livre, em movimento,
de gente em gente, de grupo em grupo, de casa em casa, de parada em
parada; ensinando enquanto ia..., pregando onde parava, curando onde se
compadecia e libertando a todo aquele que dele se aproximava com fé.

Para Ele tudo o que acontecia, acontecia. Ou seja: a verdade era o que
era, na hora, sem ritos e sem esperas. Assim, Ele seguia..., tratando
cada instante como eterno e suficiente; semeando a palavra sem tentar
ficar para controlá-la; pois ensinava que a Palavra frutifica de si mesma.

Sim, todos que o tocam e são tocados por Ele se vão livres... vão
embora... seguem para os seus... vão para casa... contam o que Deus fez
por eles... Apenas um grupo menor segue com Ele.

Literalmente Jesus trata as pessoas como trata as sementes da Palavra.
Ele semeia a Palavra nas pessoas e, depois, semeia as pessoas no mundo.

Ora, no mundo cada um vai e acha os seus... e vive com eles e come com
eles... e lhes dá testemunho com a vida pacificada e livre... fazendo
assim novos discípulos... os quais se reunirão com a espontaneidade e
com a alegria com a qual os amigos se encontram numa festa... ou mesmo
com a simpatia que a face oferece aos enlutados.

Sim, todos devem ir... e pregar. Devem se ver como privilegiados, como
seres que souberam antes o significado de toda a vida; e, por isso, não
escondem o que sabem, até porque o que sabem se torna no que vivem.

Até mesmo o ex-possesso de Gadara é convidado a ir e pregar. Só Deus
sabe o que aconteceu. Mas eu posso imaginar todas as possibilidades
positivas, e ver aquele maluco pregando, contando...; e até batizando,
se é que ele teve tempo de saber acerca disso. Mas ele sabia de Jesus.
E, saber de Jesus, de fato, é tudo o que interessa. Sim, ele foi por
todas as cidades de Decápolis (dez cidades) e nelas testemunhou e pregou
sob as ordens de Jesus.

O Evangelho é extraordinariamente louco. E Jesus é supremo nessa
insanidade que ordena o Gadareno que vá e pregue.

Quem o faria?

Pois é essa insanidade que dá a cada pessoinha tocada pela Graça de Deus
a liberdade de ir...; e, indo, pregar; e, pregando, reunir pessoas;
possibilidade essa que todos devem se sentir livres para realizar; ou
mesmo compelidos pelo Evangelho a fazer acontecer.

Se eu tenho um sonho?

Sim, eu o tenho!

Sonho em ver essa liberdade do Evangelho se tornar uma grande revolução;
onde cada discípulo pregue; e onde todo aquele que prega, faça novos
discípulos; e não sentindo nenhuma culpa quanto a isso; ao contrário,
sentindo-se livres para 'privilegiar o momento', conforme no Evangelho;
a tal ponto que batizem as pessoas na fé onde elas crerem; se em casa,
em casa; se no trabalho, no trabalho; se na esquina, na esquina; se na
praia, na praia—tudo conforme a leveza e o espírito revolucionário do
Evangelho vivido e ensinado por Jesus no Seu caminhar.

No dia em que ao invés de nos queixarmos da "igreja", nós passarmos a
fazer amigos, andar com eles, anunciar-lhes a Palavra, batizá-los na fé,
reunirmo-nos com eles; assim, crescermos juntos em oração, amizade,
ajuda mútua, tolerância e contínuo aprendizado do espírito do Evangelho,
que é Graça, Misericórdia e Justiça; então, a revolução acontecerá, e a
história nunca mais será a mesma.

Quem vai comandar isso?

Ora, quem comanda todas as coisas!

Quem será o líder?

Ora, todo aquele que o fizer, e que continue fazendo; sendo fiel ao
espírito da Palavra; mantendo o coração em permanente estado de
aprendizado e troca; sempre sabendo que Deus não é para ser conhecido
para ser 'ensinado' aos outros, mas sim para ser provado em nós, por
nós, e como supremo benefício de Graça em nós.

Cada um que crê já está 'ordenado' por Jesus, no Evangelho. Portanto,
não tem que esperar validação ou cobertura de homem algum, pois o que os
cobre é o Mandato de Jesus.

Agora, levantemo-nos e saiamos para viver o Evangelho e para pregá-lo a
todos os homens; fazendo-o, todavia, com Graça e Normalidade de vida,
sem juízos ou pré-julgamentos, manifestando amor e misericórdia, e sendo
servos uns dos outros em amor e compaixão.

O que passar disso é apenas enrolação!

Chega de enrolação!

Esta é a Palavra. O resto é o pretexto para não vivê-la, ou o ardil que
pretende controlá-la.

Nele,

Caio

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