Nem tartaruga nem lebre.
Permitir-se guiar pelo Espírito Santo fica difícil para quem está apegado a tradições de doutrinas humanas. Estes, quando líderes religiosos, se dizem guiados pelo “Espírito de Deus” para tolherem a liberdade das pessoas, oprimindo-as com seus ensinamentos pesados e massacrantes.
Apesar
de introdução recorrente eu não me canso nunca de falar sobre isso. E
hoje, especialmente, porque dias atrás eu lia, casualmente, as normas de
uma igreja fundamentalista e à medida que o fazia ia percebendo o
quanto é enfadonho, cansativo e vão tudo aquilo lá escrito. A simples leitura já me dava um embrulho no estômago e um cansaço na alma, imagine aquilo aplicado na vida real assim de forma mecânica, vazia, imposta. E o que me intriga é que dirigentes que assim agem, não conseguem perceber que isso não funciona; que nada funciona por muito tempo se for por imposição, ainda que tal imposição venha disfarçada de “ensinamento” para uma vida cristã correta.
Isso de incluir na “Cartilha para a Salvação” qual é o tipo de roupa e cabelo “de homem” é de uma tolice sem tamanho. E, enquanto for apenas tolice, menos mal. O pior é quando tal norma tolhe a vontade do outro, impedindo-o de exercitar o próprio bom senso. Eu não queria sair discorrendo acerca de passagens bíblicas, afinal cada um é livre para fazer suas próprias buscas. Mas tem coisas que são tão simples de se entender. Nos tempos bíblicos homens e mulheres vestiam túnicas, homens e mulheres tinham cabelos compridos. Assim, como nos dias atuais existe mulher que veste terninho, blazer e tailleur. E essa não é a questão. A questão é a conduta. Em qualquer época.
Achei engraçado um anônimo do mundo blogueiro aconselhar dias atrás para que sejamos casco de tartaruga e logo fui analisar a situação. Primeiro de tudo: o cara é anônimo, portanto, sem comentários. Em segundo lugar: casco de tartaruga, como assim?! Inevitavelmente, me veio à mente que as tartarugas escondem a cabeça dentro de um casco duro e rígido. E isso sem falar do quanto elas são lentas. Achei engraçado a princípio, porém, logo pensei em como ele foi infeliz em sua analogia e o quanto foi flagrante em desenhar seu próprio perfil religioso.
Isso de incluir na “Cartilha para a Salvação” qual é o tipo de roupa e cabelo “de homem” é de uma tolice sem tamanho. E, enquanto for apenas tolice, menos mal. O pior é quando tal norma tolhe a vontade do outro, impedindo-o de exercitar o próprio bom senso. Eu não queria sair discorrendo acerca de passagens bíblicas, afinal cada um é livre para fazer suas próprias buscas. Mas tem coisas que são tão simples de se entender. Nos tempos bíblicos homens e mulheres vestiam túnicas, homens e mulheres tinham cabelos compridos. Assim, como nos dias atuais existe mulher que veste terninho, blazer e tailleur. E essa não é a questão. A questão é a conduta. Em qualquer época.
Achei engraçado um anônimo do mundo blogueiro aconselhar dias atrás para que sejamos casco de tartaruga e logo fui analisar a situação. Primeiro de tudo: o cara é anônimo, portanto, sem comentários. Em segundo lugar: casco de tartaruga, como assim?! Inevitavelmente, me veio à mente que as tartarugas escondem a cabeça dentro de um casco duro e rígido. E isso sem falar do quanto elas são lentas. Achei engraçado a princípio, porém, logo pensei em como ele foi infeliz em sua analogia e o quanto foi flagrante em desenhar seu próprio perfil religioso.
Anônimo-tartaruga ou tartaruga anônima. A ordem não altera o produto fundamentalista vendido pela sua exterioridade. É simplesmente trágico! A cabeça pensante desaparece, o cara se esconde no suposto lugar santo endurecido pelas regrinhas e não se percebe batendo no peito e dizendo repetidamente "eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim".
Nada
contra a tartaruga, animal irracional, pobrezinho inocente. Muito menos
a favor da serelepe lebre. (Reza a lenda, que a lebre, achando-se muito
esperta e valendo-se de seus dotes físicos, deu uma cochilada no
caminho aproveitando-se da lentidão da tartaruga. Por outro lado, bora
combinar, a tartaruga chegou primeiro por pegar carona na vaidade da outra).
Enfim,
esse papo de que, devagar e aproveitando as circunstâncias é que se vai
longe nem sempre tem a ver com persistência e constância.
Principalmente devagar quase parando, dando espaço ao lodo e à estagnação que enrijece.
Portanto, contadores e leitores de fábulas: relaxem e atentem para o
outro lado da moeda, digo, metáfora, perfeitamente aplicável a uma saudável vida prática.
Ora, de nada me serve ser a pessoa mais bem intencionada do mundo se eu sigo uma doutrina de homens que não tem ABSOLUTAMENTE NADA a ver com a comunhão com Deus que é diária e não tem local de adoração. Ninguém se aproxima ou se distancia de Deus por causa de costumes, de performances, de aparências. Não existe VIRTUDE senão aquela manifestada no nosso AGIR, quer os religiosos aceitem isso ou não.
O fato de não ir ao estádio, não assistir a um jogo, não gostar de determinado jogador, não ir assistir a uma banda de rock, não impede que o crente legalista tenha lá suas idolatrias. Não precisa nem sair de casa para ser um idólatra. As doenças da alma que só Jesus CURA não estão fora da gente. O mundo lá fora não tem nada com isso. Jesus orou ao Pai "Não vos peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal". A conversão é no nível do coração. O maior campo de batalha que a gente trava lutas todos os dias é o nosso próprio coração. No dia em que os religiosos entenderem isso, não terão mais receio de se despirem das vestes hipócritas e saírem livres para praticar os atos mais simples SEM MEDO de serem felizes, sempre lembrando que "pecado" não está ligado à performance, e sim às perversões do coração. Ora, Se Cristo vive em mim certamente eu saberei me portar em todos os sentidos e isso vai repercutir na minha vestimenta, no meu modo de falar e agir, nos locais onde entro e saio, mas nada que seja MECÂNICO ou engessado. Nada que qualquer denominação precise me apresentar uma cartilha religiosa com seus "ensinamentos".
Render-se ao Evangelho é muito simples. Por outro lado, é simples, mas não é fácil, porque sair dos próprios vícios religiosos, apartar-se daquilo que se pode pegar e ver para escolher viver essa "vertigem” é preciso vontade, disposição. Gosto do termo "vertigem" que li anos atrás no site do Caio Fábio e que define exatamente o que acontece comigo. A vertigem que, na sensação de queda livre por não ter onde ou em quem se apoiar, nos leva ao colo dAquele que nos coloca em segurança. O nome disso é fé e denominação nenhuma nos dá isso. É pessoal e intransferível.
A minha esperança e alegria diária é
ver e constatar que Deus não nos fez tartaruguinhas de casco duro nem
lebres metidas a espertas. Ele nos fez seres pensantes para que
repensemos nossas estratégias pelo caminho. Sem excesso, sem extremismo, sem esperteza, sem correria nem dormindo no ponto.
Regina Farias.
Para mais bispadas, altamente dignas de nota, visite o
4 comentários:
Dri,
A nossa bispa deu um banho de leitura da Palavra. Isto é o próprio Verbo!!!
Quando eu crescer, vou querer escrever assim!
Abração e continue na Paz!
Cara Sacerdotiza da IBL:
Não escute o que o René diz sobre esse papo de crescer e tal... Ele tá é disfarçando pra a gente pensar que ele não é o guru espiritual e intelectual da IBL.
Beijos,
R.
Eita que eu já teimo no bendito Z, não é René?! rsss
SacerdotiSa com S afffff
Putz, se assim fosse, 'cês estariam lascados há muito tempo!!!
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