A glória de homens

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Jesus foi, por assim dizer, um desconhecido até os seus 30 anos de idade. Não sabemos o que a sua própria família e a comunidade em que vivia pensavam a seu respeito. O que sabemos é que seu ministério começou aos 30 anos e durou até aos 33, quando foi pendurado na cruz.

Jesus disse: "Eu não recebo glória dos homens" (João 5:41). É uma valiosa mensagem que nós relegamos ao esquecimento. Somos impulsionados por prazeres. E não falo de prazeres pecaminosos, falo de prazeres lícitos, sim, mas que não convém, ao menos em excesso. Todavia, como a medida de "excesso" é extremamente pessoal, eu diria, para termos uma referência, que ela não deve exceder em muito o “crucificar a própria carne” ou o “levar cada um a sua cruz e seguir” ao divino Mestre. Desejar um titulo em sua igreja, apesar de não ser pecado, pode denotar uma busca pelo prazer carnal do reconhecimento, do respeito e da admiração alheias. E este desejo não deveria permear os nossos corações. Em síntese: não deveria estar presente em nenhum de nós o desejo da própria exaltação.

Eu sei, estou na contramão.

Temos em Mardoqueu um dos símbolos mais expressivos da exaltação de Deus na vida do homem. Todavia, esquece-se que aquele nunca pediu tal coisa. Ele era justo diante de Deus e desprezava o ímpio Aman. Era este que queria ser exaltado e prejudicar ao humilde Mardoqueu. Por isso Deus fez Aman ser vitima de sua própria armadilha e da sua estultícia, dando a Mardoqueu a honra que Aman planejava para si mesmo. E em Mardoqueu e Aman se encontra a base para o pensamento tão corrente entre os cristãos de que "Deus exalta o humilde e abate o soberbo” ou que “quem exalta a si mesmo Deus abate, e quem se humilha Deus exalta”. Mardoqueu é prova de que Deus exalta os humildes; mas, de maneira nenhuma, de que Deus exalta quem deseja ser exaltado. A história em questão demonstra exatamente o contrário.

Quem deseja ser exaltado - e os nomes dados para isso normalmente são: ser respeitado, admirado, reconhecido, e outros, mais sutis, como: "ser usado por Deus", “fazer a obra", " mulher de Deus", "vaso" e etc., muitas vezes até usados inocentemente - nutre em seu íntimo o mesmo que Aman nutria, e não o que Mardoqueu sentia. Quem quer reconhecimento, e não servir em humildade quer ser exaltado; e este não é um princípio bíblico.

Em geral sou muito mal interpretada, dizem que fujo do tal chamado, que sou covarde, me chamam de Jonas (eu gosto, Jonas é legal) e alguns dizem que impeço a vontade de Deus para minha vida.

Meu coração é leve...

Agora você pode me entender??



1 comentários:

Cristiane disse...

Uauuuuuuu......... Vc foi fantástica. Quando ouvimos ou mesmo fazemos estes comentários, não temos noção do que significam, e vc mostrou de forma clara como erramos. Eu estou na maioria das vezes na contramão, muitas vezes sendo até interpretada como rebelde, mas quando mantemos o foco em Deus, não cometemos estes erros, eles acontecem quando nos deixamos contaminar pelo HOMEM/IGREJA, acabamos inflando.
Com certeza te entendo e admiro cada vez mais ( sem exaltação, rsrsrsrsrsrs)
Amo vc
Cris

 

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